terça-feira, 28 de abril de 2009

Regional Sul Brasileiro de Xadrez Escolar 2009







Objetivo: Apontar os campeões do Regional Sul de Xadrez Escolar 2009 da Educação Infantil e 1º ano, 1ª. série (2º ano), 2ª. série (3º ano), 3º série, 4º série, 5º série, 6º série, 7º série, 8º série do Ensino Fundamental e Ensino Médio, nos naipes Masculino e Feminino. Promover o intercâmbio entre enxadristas escolares da Região Sul do Brasil.


Participação: Alunos da Rede de Ensino do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul (Região Sul).


Local: SESC da Esquina – Rua Visconde do Rio Branco, 969 – Curitiba – PR - Fone: (41) 3322-6500, com Prof. Thiago. www.sescpr.com.br/programacao_new.php?getUnidade=8


Data: 04 e 05 de julho de 2009.

Folder completo: www.copaescolardexadrez.com.br/Reg_RSBE_2009_definitivo.pdf







sábado, 11 de abril de 2009

Arbitragem II - Liderança

O xadrez como esporte tem algumas particularidades. Acho que a mais interessante é a capacidade de não exigirmos um campeão isolado nas competições.

Podemos utilizar os sistemas de eliminação simples, como muitos dos esportes utilizam principalmente o tênis e o basquete. Mas o que mais utilizamos é o sistema suíço, que permite reunir um grande número de jogadores.
Este tipo de competição inicia com um número de jogadores e termina se possível, com o mesmo número, se nenhum deles abandonar o evento.
Por causa do número de jogadores inscritos, poderemos ter mais de um jogador com o mesmo número de pontos e até mais de um empatado com a pontuação total.

Lidamos com um público muito grande nas competições, possuidor de uma idade variada entre oito a mais de sessenta anos. Por muitas vezes participando da mesma competição e separados, na premiação por categorias.

Os árbitros de xadrez não são diferentes dos árbitros de outros esportes. Temos de ter uma preparação técnica muito grande, para estarmos atualizados com as últimas modificações das regras do jogo, suas interpretações e como aplica-las.

Minha preocupação ao apresentar este texto não é o tratamento entre árbitros e organizadores ou com o público, mas sim o relacionamento durante a competição entre o Árbitro Chefe ou Geral com a sua equipe de Árbitros. Tenham eles as categorias de Árbitros Internacionais, Regionais, Adjuntos ou sem nenhuma titulação.
Esta relação interfere diretamente no bom andamento de qualquer competição.

Durante os cursos de arbitragem, apresento a seguinte pergunta aos participantes: o que é mais difícil de conseguir realizar, saber mandar ou saber obedecer?

Vou contar o que me aconteceu muito tempo atrás em uma competição por equipes no interior do Paraná. Claro que não citarei a cidade e nem qual foi o evento para que o nome das pessoas envolvidas não seja localizado. Muitas delas ainda são minhas amigas.
Mais ou menos vinte anos atrás fui coordenador desta competição. Na época não tínhamos muitos árbitros, nem na quantidade nem na qualidade que temos hoje.
Por este motivo, nunca conseguia formar uma equipe forte. Fica claro que na época não tínhamos cursos de arbitragem e encarávamos a competição sempre com um pouco de preocupação.
Estávamos em uma das rodadas e não muito longe do local do nosso jogo, a competição de tênis que podíamos assistir de uma das janelas de nossa sala. Eu verificava o tempo, percorria o salão e retornava, se possível, para olhar o tênis.
Em determinado momento, escuto o barulho de alguns relógios a serem acionados com mais velocidade, sinal de que o tempo já estava terminando em algumas partidas. Quando olhei para o salão tive uma surpresa muito grande!
Não tinha nenhum dos quatro árbitros na sala!

A rodada, por sorte acabou bem sem muitos problemas. Reuni a equipe e ao indagar aonde cada um deles tinha ido durante a rodada. Responderam, um estava fumando, o outro foi na farmácia. Outro foi na lanchonete e o mais surpreendente, o último estava na sauna.

Tive que passar um sabão na equipe para que ficasse claro que o fato era lamentável e não poderia voltar a ocorrer.

Como não tinha como convocar uma equipe de conhecimento técnico aceitável na época, sempre acabava por convidar alguns amigos ou pessoas que já tinham participado de outras competições. Não era o melhor, mas como amigos faziam o que eu pedia, apesar de que tinha de ficar controlando toda a equipe para não acontecer nenhum erro técnico grave.
Isto sempre acontecia e me deixava desgastado após cada competição. Depois desta última competição comecei a convocar sempre uma equipe forte, e mais preparada possível, ficando livre apenas para coordenar os eventos.

Antes do início do evento realizar, se possível uma reunião com a equipe de árbitros para repassar diretrizes para a competição.

A primeira “linha de defesa” durante a competição será sempre o “arbitro de campo”. Depois os adjuntos e por ultimo o arbitro chefe.

Se possível, o arbitro chefe deve conhecer bem a equipe de arbitragem com quem trabalha.
Não só saber a capacidade técnica de cada um, mas principalmente o seu comportamento que normalmente nos diferencia um dos outros como pessoas e em nossa profissão.

Foram feitos estudos que acabaram constatando que um número de pessoas trabalhando juntos, durante um determinado período, acaba gerando um desgaste no relacionamento diário, causando atritos e discussões.

O arbitro chefe deve ter a sensibilidade de poder separar ou disponibilizar cada árbitro em um determinado local ou categoria, aonde ele possa desenvolver o seu conhecimento e capacidade da melhor maneira possível.
Por exemplo. Se for um arbitro muito técnico que não tem muita paciência, coloca-lo em uma categoria de maior idade ou adulta. Aqueles que tenham mais paciência também com bom conhecimento técnico coloca-lo com idades menores.
Se forem em duplas, procurar distribuir aqueles que tenham já uma boa experiência em outro evento.

A mesa da arbitragem é o coração do evento. Ela sempre tem de funcionar bem controlando tudo. Deveremos colocar de preferência dois bons árbitros para o controle da mesa, mas se não for possível, pelo menos um deles deve ter muito conhecimento de todos os processos envolvidos na competição.
Os árbitros iniciam na mesa, depois de um tempo evoluem indo para o “campo” salão das partidas. Esta reciclagem é sempre necessária para que os árbitros evoluam em conhecimento e categoria. A presença feminina no quadro de arbitragem é sempre necessária.

Sempre digo que a equipe de arbitragem em um evento tem um propósito. Desenvolver a competição da melhor maneira possível. É como um “navio saindo do porto”. Tem uma direção e um destino que deve ser seguido até o final. Sem a equipe, o arbitro chefe poderá até conseguir realizar a competição, mas com dificuldades.

O arbitro chefe é o “comandante do navio”. Deve, com sua experiência antever e resolver os problemas que acabarem aparecendo, gerenciando com muito cuidado as diferenças que a equipe de árbitros tenha uns com os outros. Diferenças estas que podem ser de personalidade ou de algum problema que tenha acontecido entre eles em alguma competição anterior.
Se um dos árbitros tiver problemas ou se acontecer algum problema na competição, acabará por afetar toda a equipe. E isto não é bom. Se o “navio afundar”, todos vamos ficar molhados, independente da titulação de cada árbitro.

Como arbitro responsável pelo evento temos de saber qual o melhor momento de chamar à responsabilidade ou dar um puxão de orelha em algum dos árbitros de nossa equipe.
A melhor maneira:
a) Nunca em público, e se for possível em local reservado aonde os outros árbitros não possam escutar.
b) Devemos fazê-lo de maneira que o arbitro em questão possa entender o que aconteceu e porque aconteceu podendo evoluir com o fato.
c) Tratar com respeito e consideração os árbitros, sobretudo nos momentos mais difíceis de modo a evitar atos que impliquem em humilhação.
d) Não cometer atos que impliquem em abuso de autoridade.
e) Em último caso, e se isto beneficiar a equipe de arbitragem poderemos reunir todos e conversar sobre o acontecido, definindo padrões de comportamento para casos futuros.

Não podemos ser sempre muito rígidos, mas também não podemos deixar o “navio sem controle”. Temos que ter autoridade e experiência no momento certo. Para aqueles árbitros mais conhecidos e com mais idade será sempre mais fácil por causa de seu histórico.
A maioria dos jogadores e organizadores já os conhecem de outros eventos e sabem como se comportam. Se após o evento os organizadores estiverem satisfeitos com o desenrolar da competição, teremos cumprido o nosso papel e possivelmente seremos convidados novamente no ano seguinte.
Os mais novos deverão galgar os passos básicos obtendo conhecimento e o seu espaço.

Respondendo à pergunta. O mais difícil é mandar. Todos irão aprender da maneira mais difícil, arbitrando.

E não esqueçam...

“Não faças a outros o que não queres que te façam”

quinta-feira, 9 de abril de 2009

Boletim Informativo CXC - Março 2009


Entrevista: Dr. Mauro de Athayde (parte 2)



O Dr. Mauro de Athayde, 77 anos, é uma das figuras mais queridas e ilustres do Clube de Xadrez de Curitiba. Em janeiro, ele nos deu seu depoimento na Sala Otto Mak do CXC:


LS: O CXC era, então, o grande local do xadrez...
MA: Era o único! Depois teve o Clube Juvevê, e um pouco lá na rodoferroviária.

Por isso nós lutamos para não deixar isso aqui morrer, porque aqui é a célula primeira, a origem de tudo, todos passaram por aqui. O Sunye passou por aqui uma época, depois o Disconzi... eles tiveram seu aprendizado aqui nesse Clube.


LS: Nas décadas de 60 e 70, quais foram seus principais resultados?
MA: Eu fui evoluindo, em 1962, 63, 64, joguei os Paranaenses. Depois, em 1964, fiz minha
residência no Rio de Janeiro, em pediatria na Universidade Católica do Rio. Nessa época parei um pouco de jogar torneios. Outro que joguei foi o Paranaense de 1969, quando já jogavam Justo, Vitório [os irmãos Chemin], Ernesto [de Assis Pereira]. Em 1977 teve um Brasileiro aqui em Curitiba, me classifiquei para jogar, depois na final não lembro como fiquei. Ganhei dos dois irmãos, Dirk Dagobert e Herman. O Sunye ganhou aquele torneio. Mas tem uma época em que a gente precisa parar, como tudo, pelo menos competitivamente. Eu ainda acompanho, tenho uns amigos que fiz que frequentam o clube.



LS: O senhor ainda joga?
MA: Jogo relâmpago. O xadrez é uma coisa importante na vida da gente, é uma espécie de
passatempo lúdico, onde a gente faz muitas amizades, essa é a maior virtude. Um enxadrista no mundo é um amigo. O xadrez é uma linguagem universal, é uma língua como o esperanto. Uma vez fui na Bahia, em 1963. Cheguei lá, e acabei ficando meio sem dinheiro. Falei com o Presidente do Clube de Xadrez baiano, que nunca tinha me visto na vida... Ele me ajudou, depois eu reembolsei. Aí você vê a parte da amizade do xadrez, universal.


Naquela época de Guerra Fria, entre Rússia e Estados Unidos, os enxadristas desses países não estavam nem aí para essas coisas. No torneio de Petrópolis, Bronstein, Reshevsky, não estavam nem aí para a política. Jogavam, analisavam. Essa é uma virtude do xadrez. Essa juventude não pode ir para males mais perigosos. Xadrez é uma droga boa, você tem que dosar.

LS: Um dos seus grandes resultados foi no Sul-americano...
MA: Em 1963 eu joguei o Brasileiro, tava em residência mas fui jogar. Joguei muito bem. No
Brasileiro não perdi nenhuma partida, ganhou o Antonio Rocha e eu fiquei em segundo com o Helder Câmara empatado nos pontos. Depois, em Fortaleza, fui jogar o Sul-americano. Jogou toda a turma argentina, o Rosseto, os uruguaios, e do Brasil jogou Helder Câmara, Antonio Rocha. Lá perdi só uma partida, para o Rosseto, que ganhou o torneio. Em segundo ficou outro argentino, o Foguelman. Em terceiro fiquei empatado com outro argentino e um peruano.

Então, quando fui jogar o match de desempate, não é para me justificar que eu não me classifiquei, mas eu ficava na residência no hospital de dia e de noite ia jogar o match. Ganhou o peruano Quiñones, e foi para o Interzonal.

Porém, felizmente, para mim, há males que vem para bem. Se eu houvesse ganhou esse
desempate, não sei o que aconteceria, jogaria na Europa o Interzonal, talvez prejudicaria meu curso. teria que interromper ou não a residência. Claro que senti perder, mas por outro lado não.


LS: O sr. nunca tentou seguir uma carreira profissional?
MA: Na época era muito mais difícil. Hoje ainda dá, tem mais visibilidade. mas antes, só os grandes campeões conseguiam, só os russos sobreviviam. Não sei até hoje se iria para a Europa jogar o Interzonal.


Joguei fundamentalmente os torneios do Clube, era difícil conciliar, dosar as coisas. Tem um pessoal brasileiro agora, o Fier tá bem. O Sunye foi profissional por muitos anos, mas ele tem outra atividade, é empresário. Mas, nessa época de 60 e poucos, pelo rating eu seria MI. Peguei o título de Mestre Nacional, que hoje não vale nada. Mas se pegasse os resultados da época, eu seria o que se diz hoje de MI.

Texto do Boletim informativo do Clube de Xadrez de Curitiba do mes de Março de 2009 - Entrevista de Leandro Salles. www.cxc.org.br

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Alimentação de um GM

Investigações realizadas pelo Doutor em Medicina e GMI Helmut Pflege e colaboradores têm demonstrado que o xadrez de elite tem parâmetros fisiológicos comparáveis com outros esportes como o tiro esportivo, o automobilismo e o golfe.

Por isso, requer uma preparação específica não só limitada ao estudo no tabuleiro, mas também que inclua ainda um programa de treinamento físico e um planejamento nutricional adequado. Este estudo envolveu uma amostra de 72 grandes mestres internacionais atuantes, 17 mulheres e 55 homens, com idades compreendidas entre os 18 e os 55 anos.
Os 66,7% dos jogadores estudados consumia ao menos três refeições por dia e 36,1% alternava seu café da manhã.
O café da manhã é um dos mais importantes refeições do dia, já que interfere diretamente no rendimento mental (e físico) matinal, principalmente por seu efeito sobre a concentração de glicose no cérebro e fígado e por contribuir com nutrientes indispensáveis.

Referindo-se à nutrição específica para as competições, as principais conclusões foram as mencionadas a seguir.

A maioria dos Grandes Mestres (66,7%) evitava o excesso de comida ou não ingeria alimentos de difícil digestão antes das partidas, enquanto os demais se inclinavam a um consumo normal ou habitual.

Os alimentos sólidos mais freqüentemente utilizados pelos grandes mestres durante as competições foram o chocolate (80,5%), as frutas (14,6%) e as barras de cereais (9,8%). Com relação aos líquidos, as principais escolhas foram a água (72,1%), o café (42,6%), o chá (29,5%) e os sucos de frutas (23,6%). Metade dos consultados (trinta e seis jogadores) ingeria líquidos mesmo sem sentir sede.

Aproximadamente um terço dos enxadristas (23 jogadores) relataram o uso de suplementos alimentares. Os suplementos mais utilizados por estes enxadristas foram vitaminas, minerais, os aminoácidos e as proteínas.

Com respeito ao treinamento físico, 87,5% dos pesquisados informaram realizar qualquer tipo de atividade desportiva complementar à prática do xadrez. O 51,4% alegaram a prática em uma base regular, como parte da sua formação desportiva geral, enquanto 36,1% afirmaram fazer em com uma freqüência semanal menor ou de forma mais esporádica. Os restantes 12,5% não preenchiam esse tipo de atividade.

A atividade física com regularidade, especialmente o tipo aeróbica, pode ajudar o enxadrista de várias maneiras: beneficiando a postura, aumenta a resistência e a produção de endorfinas, podem reduzir a ansiedade, depressão, tensão e stress, além de incrementar ligeiramente o desempenho cognitivo (memória, inteligência, criatividade), o vigor e a clareza mental. Também contribui para alcançar e manter um peso ideal e à diminuição da gordura corporal reduzindo concentrações de lipídios no sangue, o aumento da fração de HDL ("bom colesterol") é um dos principais pilares no tratamento dos diabetes mellitus e reforça a massa óssea, entre outros.

O tabagismo é um importante fator de risco para doenças cardiovasculares, pode favorecer a ocorrência de vários tipos de câncer, como o de pulmão, laringe, faringe e cavidade oral, pode causar enfisema e também tem efeitos negativos sobre nutrientes. A Nicotina do fumo reduz a capacidade do organismo para usar cálcio, o que pode levar a osteoporose, e fumantes têm, freqüentemente, baixos níveis de várias vitaminas (precursores), como B1, B12, C e β-Caroteno, entre outros. No presente estudo, encontramos que 15,3% dos enxadristas consultados relataram o hábito de fumar.

Segundo o estudo, realizamos uma série de recomendações práticas sobre hábitos saudáveis para um atleta que poderia também ajudar a melhorar o desempenho enxadristico.
O jogador de xadrez deve evitar alimentos "pesados" antes de competir e a última ingestão, importante preparo antes do início da partida, deve ser pelo menos três horas antes do encontro. No caso em que o jogador deseje consumir alimentos mais perto da hora do início da competição (uma a duas horas antes, por exemplo), deveria optar por frutos (inteiros ou como sucos ou saladas, ou secas como passas) barras de cereais, biscoitos, bretzels, iogurte com baixo teor de gordura com copos de cereais ou bebidas isotônicas, por exemplo.

Durante as partidas se recomenda a ingestão de líquidos, e se o enxadrista deseja, também de alimentos sólidos. Pode optar por água mineral com diferentes sabores, suco de frutas, chá, café, bebidas energéticas, barras de cereais, frutas frescas, frutas secas (nozes, avelãs, etc) Frutas secas (passas de uvas, etc.), chocolates, biscoitos de cereais. Fruta, sucos e água são boas para evitar a desidratação.

A melhor estratégia para hidratação durante as partidas consiste em ingerir pequenas quantidades em intervalos regulares. É aconselhável que os enxadristas consumam suplementos alimentares apenas se recomendado por um profissional médico após uma completa avaliação clínica.

A atividade física regular deveria ser considerado como um componente importante na preparação de um enxadrista. É aconselhável realizar uma triagem clínica cardiológica antes de iniciar este tipo de atividade e que seja planejada por um profissional da área.

Texto de Roberto Baglione. (baglio@ciudad.com.ar Lic. en Nutrición Departamento de Nutrición, Centro Nacional de Alto Rendimiento Deportivo (CeNARD), Buenos Aires, Argentina. Publicado em 29/12/2007 - Año 6 Nº 282 - Semanario de Ajedrez - NUESTRO CÍRCULO - Director : Arqto. Roberto Pagura - ropagura@ciudad.com.ar - (54 -11) 4958-5808 Yatay 120 8º D 1184. Buenos Aires – Argentina. Tradução Carlos Calleros.

sexta-feira, 3 de abril de 2009

Xadrez Escolar II

VIOLENCIA ESCOLAR


Afirmam que jogar xadrez é uma ferramenta idônea contra a violência escolar.
Em escolas aonde se pratica foi registrada uma queda nos episódios de agressão. Mover a Dama, tirar o Cavalo, deslizar o Bispo, proteger o Rei. Cada jogada em uma partida de xadrez requer respeitar o desenho de um plano: compreender qual o plano do adversário, memorizar, reflexionar, pensar em como solucionar problemas, recuperar o prazer em jogar.

Dizem os profissionais que o xadrez é uma ferramenta idônea para diminuir a violência escolar.
Por isto propõem que seu ensino se incorpore aos programas educativos de todos os colégios do país,

"O xadrez contribui na moldagem de condutas positivas nas crianças”, explica a Clarín Horacio Moiraghi, Vice-residente da Escola de Xadrez de Villa Martelli, uma das instituições mais importante do país em sua área.

“Temos comprovado que nas escolas aonde as crianças aprendem este jogo, diminuíram os episódios de agressão entre eles e com os docentes”, afirma Moiraghi.

A que se deve? “É que a obsessão e a adrenalina são lançadas, neste caso, em um jogo inofensivo que custa muita tensão. As crianças com problemas de conduta, por exemplo, discutem muito e ficam jogando depois do término da aula, conta”.

Moiraghi informa que nas escolas públicas, também no jardim de infância, do município de Vicente Lopes, os alunos têm o xadrez como uma matéria a mais, uma hora, uma vez por semana.
“Em algumas escolas da cidade de Buenos Aires ou de Morón, por exemplo, e também em algumas províncias, se ensina xadrez, mas com planos isolados, acrescenta.”

Em alguns casos se utiliza como exercícios e a atividade se complementa com torneios.

Em tempos vertiginosos de internet, jogos de vídeo e zapping, com o xadrez as crianças tem a possibilidade de aprender que a paciência vale muito. Mas os especialistas afirmam que esta não é a única vantagem deste jogo, arte, ciência?
Com sua prática vão adquirindo outras habilidades que propiciam permanencia em sala de aula.

A saber:

- Estimula o pensamento lógico, a memória, a imaginação, a tenacidade e a precisão.
- Promove a força de vontade, a concentração, o discernimento e a autocrítica.
- Ensina a aceitar regras precisas e que existe um adversário que deve ser respeitado.
- Permite mover-se com autonomia, solucionar situações problemáticas e conseguir a cooperação entre as peças para fazer uma partida harmoniosa.


(A televisão nada tem a haver com este assunto?)


Texto de Graciela Gioberchio, Clarín 7-4-08 – Publicado em 12/04/2008 - Ano 7 Nº 297 - Semanário de Ajedrez - NUESTRO CÍRCULO - Director: Arqto. Roberto Pagura -
ropagura@ciudad.com.ar - (54 -11) 4958-5808 Yatay 120 8º D 1184. Buenos Aires – Argentina. Tradução de Carlos Calleros.

quarta-feira, 1 de abril de 2009

André Diamant - Novo GM Brasileiro

O Brasil tem mais um GM.

Após ganhar o Campeonato Brasileiro Absoluto, André Diamant, participando de evento na Argentina, consegue a última norma e o rating necessário para a obtenção deste importante título.

Começou na Associação Brasileira "A Hebraica" de São Paulo com 7 anos, ou seja desde 1997 e foi campeão de todas as categorias sub 10,12,14,16,18, absoluto e nas categorias cada uma 2 vezes. Foi para São Petersburgo com 11 anos para treinamento na academia de xadrez do Khalifman patrocinado pelo clube e teve aulas com o Gm Koshiev. Hoje tem aulas com o GM Milos e o clube já o enviou para 5 mundiais e diversos Panamericanos .

O Xadrez Brasileiro parabeniza este jovem GM.

Diretor Geral: Adriano Yabosky, Arbitro Principal: AI Mariano Blas Pingas, Arbitros Adjunto/Internet: AI Luis Scalise, AR Osvaldo Ravier

Mais informações no site oficial do evento.
http://scalise.fortunecity.com/ajo09/ajo09ini.htm#respos





Partida da norma, Raul Claverie IM (ARG) x André Diamante IM (BRA)

Xadrez - O Jogo da Vida - Sportv Repórter


Amigos do Blog

O Árbitro Internacional Estevão Tavares nos envia está informação.

Amigos,

No próximo sábado, dia 4, às 22h30, o Sportv vai exibir um programa especial, de uma hora de duração, sobre o xadrez. Mando abaixo um resumo do que vamos abordar e peço para que divulguem o quanto puderem. Todos vocês são citados nominalmente no programa ou nos créditos, porque me ajudaram demais a desvendar esse mundo. Espero que toda a comunidade enxadrística nos prestigie com sua audiência.

Saudações, Estevão


Xadrez, o jogo da vida - Um dos jogos mais antigos da humanidade é protagonista de uma verdadeira revolução no Brasil. O Sportv Repórter vai mostrar como o xadrez está sendo usado como importante ferramenta educacional, mudando a vida de estudantes, menores infratores, deficientes visuais, crianças com câncer e até atletas que buscam apurar sua técnica nos esportes. O alcance do xadrez é tão supreendente que ele alcançou um canto muito curioso do país: a aldeia indígena dos Tembé, uma tribo do interior do Pará, que encontrou no xadrez um forte aliado na transformação do pensamento e do raciocínio de crianças e jovens. O programa mostra que quem joga exercita diversas áreas do cérebro, trabalhando com cálculos, associações, abstrações e memória. Mostra que menores infratores estão se regenerando por meio do jogo, que crianças com câncer estão tolerando mais o tratamento após aprenderem a jogar, que cegos con seguem melhorar a memória. E, por fim, revela que atletas de futebol, tentando aprender a tomar decisões rápidas e a escolher a estratégia mais eficiente, também estão desvendando os segredos dos tabuleiros de xadrez.
Sportv Repórter - Sábado, 22h30, no Sportv (canal 39 da NET).
Sidney